As equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) não medem esforços e vão a qualquer localidade do Estado para atender às mais diversas ocorrências de urgência e emergência. Atualmente, o Samu 192 Sergipe possui uma frota de 59 ambulâncias, sendo 16 Unidades de Suporte Avançado (USAs) e 43 Unidades de Suporte Básico (USBs). Para complementar a assistência, o Ministério da Saúde enviou recentemente três novas ambulâncias para Sergipe e, em setembro, chegarão mais três.
As três ambulâncias, que já estão em Sergipe, serão destinadas para dar mais um grande reforço ao alto Sertão Sergipano. Uma Unidade de Suporte Avançado (USA) vai para Canindé do São Francisco, outra USA atenderá Tobias Barreto e uma Unidade de Suporte Básico (USB) irá para Poço Redondo. De acordo com a superintendente do Samu 192 Sergipe, Conceição Mendonça, a estratégia de levar essas ambulâncias aos municípios está relacionada à distância que cada uma dessas cidades tem da capital.
“Quando se trata de remoção de pacientes de alta complexidade, pela necessidade de aprimorar o serviço de urgência e emergência, objetivando a rapidez nos atendimentos, a melhoria na qualidade do tempo resposta e uma maior permanência nessas localidades sem necessidade de manutenção nas oficinas mecânica. A viatura que irá para Tobias Barreto fortalecerá e dará apoio logístico à regional de Lagarto, que possui um grande número de ocorrências. As três ambulâncias já estão preparadas, emplacadas, seguradas contra sinistros e com contrato de manutenção preventiva. Ainda esta semana elas serão entregues aos respectivos municípios. Não tenho dúvidas que elas otimizarão o tempo resposta e qualificarão a assistência”, afirma a superintendente.
A chegada das novas viaturas é mais um avanço na operacionalização do serviço, observado atentamente pelas gestões da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), que gerencia o Samu 192 Sergipe.
“Além dessas três ambulâncias que já estão em Sergipe, estivemos na semana passada no Ministério da Saúde, em Brasília, para pedir mais apoio ao nosso Estado, e fomos informados que receberemos mais três ambulâncias em setembro. Fomos sinalizados, também, que até o final do ano seremos contemplados com outras. É uma ótima notícia já que, a cada dia, a demanda pela presença do Samu é muito grande e precisamos sempre reestruturar e qualificar a nossa frota”, pontua o secretário de Estado da Saúde, José Sobral.
Ainda de acordo com Conceição Mendonça, “a aquisição das 6 viaturas do Samu representa uma conquista dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado, bem como das equipes locais de suporte básico e avançado de vida, representando o início de um novo ciclo de substituição da frota, melhoria na reestruturação dos processos e etapas da regulação médica”.
Providências administrativas
Como todo serviço móvel, o desgaste das viaturas do Samu acontece devido à alta rotatividade, por pequenos incidentes nas rodovias ou até por eventual falha humana. O fato de ser uma ambulância faz com que uso seja naturalmente considerado severo ou extremo. Para se ter uma ideia, a vida útil pode variar entre três e oito anos, dependendo das condições em que elas são utilizadas. Todas as ambulâncias do Samu passam por manutenções preventivas e corretivas. Assim que um problema é detectado, a ambulância é retirada de circulação para fazer o reparo imediato e não prejudicar a assistência.
“A direção do Samu elaborou um plano que mantém o tempo resposta do atendimento às ocorrências dentro de protocolos do Ministério da Saúde e normativas previamente estabelecidos no Sistema de Urgência e emergência da Secretaria de Estado da Saúde. Identificamos 54 ambulâncias com a vida útil esgotada e sem rodar, e solicitamos ao Ministério da Saúde o desfazimento delas, que é o processo de autorização de baixa dos chassis. O processo foi iniciado, autorizado pela Coordenação Geral da Força Nacional do SUS do MS, e as ambulâncias já foram totalmente descaracterizadas (remoção da plotagem do serviço). Mesmo estando muito usadas, mantivemos a preservação para evitar a deteriorização e já foram encaminhadas a SEPLAG para serem leiloadas. Aguardamos a data estabelecida pela Seplag para que o leilão ocorra para darmos publicidade. Com o valor arrecadado, faremos a compra de novas ambulâncias”, complementou José Sobral.
Ainda segundo a superintendente do Samu 192 Sergipe, Conceição Mendonça, “assim que essas 54 ambulâncias foram identificadas, como forma de dinamizar o novo processo de gestão e estruturação do Samu 192 Sergipe, acionamos de imediato o Ministério da Saúde, através da Coordenação Geral da Força Nacional do SUS. As condições de desuso das ambulâncias se dão pelo desgaste extremo dos veículos, que já ultrapassavam oito anos de uso, o que representava um alto custo de manutenção”.
De acordo com o coordenador de frota do Samu, Fábio Salles, contatos foram mantidos diariamente com profissionais do MS, objetivando a rapidez no processo de desfazimento das viaturas. Entretanto, por meios de processo burocrático, só foram autorizadas para o desfazimento as 54 ambulâncias que já se encontravam inativas.
“Recebemos o prazo de trinta dias, a partir da data de recebimento, para descaracterização das mesmas para, em seguida, seguir os trâmites normais com encaminhamento dos registros fotográficos com chassi, conforme cumprimento previamente estabelecido pela Coordenação Geral da Força Nacional do SUS”, explicou Fábio.
O coordenador de frota do Samu assegura ainda que foram cumpridas todas as etapas propostas, sendo encaminhados ao MS os registros fotográficos e relatórios de cada ambulância descaracterizada. “Das 54 ambulâncias inoperantes, 12 ainda possuem condições técnicas de reparo dos problemas técnicos diagnosticados. Esses veículos serão avaliados. Será identificado o custo benefício, a fim de analisar a possibilidade de encaminhá-los às unidades assistenciais da FHS e SES para transportes tipo ‘A’, ou seja, de caráter ambulatorial e sem risco para os pacientes”, reforçou Fábio Salles.
Geocentrismo
Mesmo com necessidades detectadas no tocante à manutenção das ambulâncias ativas em Sergipe, a assistência pré-hospitalar móvel no Estado continua sendo realizada com equipes assistenciais do Samu atuantes e viaturas que circulam com seguro total.
“Através de um modelo geocêntrico de distribuição das viaturas do Samu, tais veículos são deslocados conforme proximidade das ocorrências recebidas das mais diversas localidades do território sergipano. Com isso, a intenção de reduzir ao máximo o tempo resposta destinado para cada ocorrência se alia também a eficiência de uma tecnologia GPS apta a otimizar a assistência pré-hospitalar, tornando os profissionais do Samu capazes de monitorar em tempo real a dinâmica das ambulâncias em Aracaju e nas demais regiões do Estado. A falta de ambulância em algum município não caracteriza desassistência. Estamos potencializando as equipes de Médicos Reguladores e Intervencionistas, com a lógica que regulamos a necessidade do paciente e não as ambulâncias. Trabalhamos diuturnamente integrados a rede de urgência e do estado, que se encontra apta a realizar acolhimento dos pacientes atendidos pelo Samu, de acordo com os níveis de gravidade e complexidade, por meio de uma importante ferramenta: A grade de atenção às urgências, que se caracteriza pela oferta dos serviços que a Rede de Urgência e Emergência da FHS/SES possui”, apontou Conceição Mendonça.
“Toda essa operação é fruto de uma responsabilidade administrativa, ética, transparente e compartilhada mantendo o acompanhamento dos processos para que os veículos não virem sucata e que tenham um melhor aproveitamento durante o desfazimento. Estamos atentos e rigorosos”, concluiu José Sobral.
Fonte: ASN
Imagem: Ricardo Pinho